quinta-feira, 14 de julho de 2011

As viagens espaciais no universo de Ecsodus.


Pois bem gente pegando o embalo da nossa epopéia ficcional eu resolvi construir algumas matérias para nortear e gerar certa “realidade” a história. Lembrando que nossos episódios continuam disponíveis em nosso blog (é só olhar os arquivos anteriores, certo?).
Vamos começar com o ponto mais importante de todos: As viagens interestelares.
Tendo em vista a nossa atual tecnologia e os conhecimentos físicos e astrofísicos atuais, podemos concluir que a maior barreira para a expansão espacial humana é como viajar grande distancias no espaço a altíssima velocidade, em um curto espaço-tempo e, principalmente, os meios para tornar isto realidade.
Existe duas vertentes que possibilitariam estas viagens e eu vou explicá-las de forma resumida, pois os assuntos são extensos e extremamente técnicos. A primeira é a tão comum e conhecida “viagem na velocidade da luz” e a segunda é o “buraco de verme” ou no seu original “wormhole”.

A viagem na velocidade da luz.

A idéia da viagem na velocidade da luz tem como base a teoria de relatividade de Einstein que diz que “a medida que a velocidade de um objeto aumenta, sua massa aumenta, seu comprimento diminui e intervalos de tempo medidos por observadores nesse objeto aumentam". Simplificando, o que acontece é que a uma velocidade extremamente alta, a matéria se transforma em energia pura (!) e o tempo, para o viajante passará mais devagar do que para o observador. Os problemas para se viajar a esta velocidade são  inúmeros , vou lista-los aqui:

- O combustível: é o principal problema, pois a medida que o a velocidade vai aumentando a demanda pelo mesmo também !! Existem teorias para suprir esta deficiência, mas todas elas esbarram no nível de tecnologia e no custo para torná-las possíveis. Vamos a elas: 1) o uso do Hidrogênio como combustível e de forma que ele fosse captado no cosmo (já que ele é abundante); 2) o uso da propulsão iônica (a energia nuclear); 3) a propulsão a energia fotônica (fusão da matéria e antimatéria); 4) os chamados “veleiros solares”;

-  Ainda ligada a questão de energia, deve-se levar em conta que, na velocidade da luz a massa aumenta 15%  e ela seria infinita. A conseqüência disto é que, a nave se transformaria em um buraco negro atraindo para si tudo que há no universo fundindo tudo em um estado conhecido como “singularidade”. Para evitar isto, a nave teria de seguir a uma velocidade “próxima” a velocidade da luz.

- Manter uma aceleração constante tolerável para a sustentação do organismo humano (e também condições sustentáveis a preservação das funções biológicas) e a construção de espaçonaves que pudessem viajar a estas distâncias, em super velocidade e, principalmente, o custo para tudo isto. As possibilidades para uma viagem tripulada incluiriam possível animação suspensa (criogenia), expectativa de vida estendida através do uso de engenharia genética, o envio de embriões congelados (através de uma nave não tripulada) e a construção de “naves multigeracionais” (algo como uma arca, com tecnologia e um “suporte biológico fechado”, algo como um habitat artificial).Os empecilhos nestas situações dizem respeito ao desenvolvimento do nível tecnológico, ao custo (mais uma vez) e principalmente a formas de preservação da vida (do ponto de vista biológico) e da sanidade da espécie (mantendo as noções básicas da sociedade como a conhecemos).

Enfim, tudo isto exige um nível de tecnologia e de conhecimento que, no momento ainda nos falta mas, quem sabe um dia não será alcançado certo?

Buracos de verme (wormhole).

O termo “buraco de verme”(wormhole) foi criado pelo físico teórico norte-americano John Wheeler em 1957. Entretanto, este termo já havia sido inventado em 1921 pelo matemático alemão Hermann Weyl em conexão com sua analise da massa em termos da energia do campo eletromagnético. Basicamente seriam distorções conjecturais do espaço-tempo que, segundo os físicos teóricos, poderiam ligar dois pontos quaisquer do universo, ou seja, basicamente um atalho atemporal (quando digo atemporal refiro-me a um "vacuo de tampo"; um local onde não existiria a noção de tempo) de um ponto “x” a um ponto “y”. Atentem, por favor, no tempo verbal, pois até o presente momento, os wormholes são somente teoria pois ele necessitaria da existência da “matéria exótica”, uma substancia teórica que possuiria densidade de energia negativa.Aqui é importante frisar tambem que, os wormholes tambem poderiam ser usados para possiveis viagens temporais!!
Existe a possibilidade da ocorrência de diversos tipos de wormholes:

1)      Os buracos de vermes intra-universos: conectariam um local do universo a um outro do local do mesmo universo (no tempo presente ou não).
2)       Os buracos de vermes inter-universos (ou wormhole de Schwarzschild): conectariam um universo ao outro , ou a um universo fechado.

Eles também se dividiriam em Lorentzianos e Schwarzschild.
O buraco de vermes Lorentziano seria o atalho que poderia ser transponivel enquanto o wormhole de Schwarzschild ou ponte de Einsten-Rosen, seriam aqueles que poderiam ser modelados como soluções de vácuo.

Os grandes problemas desta teoria seriam ,alem da forma de controlar este fenômeno(pois especula-se que eles sejam extremamente instáveis), é exatamente o que aconteceria com o viajante que ousasse percorre-lo. Poderiam haver complicações biológicas e fisiológicas que culminassem na morte do mesmo.

Como tudo isto se aplica ao universo de Ecsodus?

Após esta breve explicação, retornamos para o nosso universo ficcional. Em Ecsodus o material fantástico que permitiria toda a evolução está simbolizado na figura do mineral espacial Tyníriun. O mineral de alto poder energético seria capaz de suprir os propulsores das naves para que eles alcançassem velocidades extremas e, literalmente, rasgassem a realidade criando um wormhole. Foi o único artifício que encontrei para basear as  viagens por toda a galáxia de forma que não houvesse a defasagem de tempo de um ponto “x” ao ponto “y”.No dado momento da ruptura da realidade como a conhecemos, os viajantes entrariam no Hiperespaço ou na hipotética e teórica quarta realidade (a 4D que vai alem da 3D; a nossa realidade perceptiva), mergulhando em um vácuo atemporal até o retorno a nossa realidade perceptivel.Vocês devem estar se perguntando: “mas e quanto aos níveis de radiação desprendidos?” “e quanto a resistência do material que foi empregado na construção das naves?” ... bem, obviamente todos já puderam observar que os seres que povoam o nosso universo ficcional possuem um certo grau de evolução tecnológica que provavelmente já ultrapassou estas barreiras que, para nós ainda são empecilhos técnicos (até porque, tudo isto está baseado no auto grau de resistência do Tyniriun).
Quanto as questões biológicas ... enfim, não estamos tratando de seres humanos ... ou estamos? ... bem, na verdade esta ultima questão só os próximos episódios responderão!!
Para finalizar, deixo aqui uma máxima: “a vida é adaptável”. Por mais inóspita que as condições, a principio, possam parecer, a vida sempre encontrará uma forma de aflorar e de se expandir.

Até a próxima postagem galera.

fonte: http://www.observatorio.ufmg.br/pas09.htm - Observatório astronômico Frei Rosário ICEx – Física -  Prof. Renato Las Casas e Divina Mourão (01/03/99).
site da revista super-interessante - http://super.abril.com.br/superarquivo/1987/conteudo_110938.shtml.
wikipedia: - http://pt.wikipedia.org/wiki/Viagem_interestelar -
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hiperespaço.

 

0 comentários: