quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Controlando uma espaçonave no universo de Ecsodus.


Ao contrário da maioria das histórias de ficção cientifica onde todo mundo já nasce sabendo pilotar desde um caça até um cruzador de batalha intergaláctico, em Ecsodus a coisas são mais divididas.
Temos uma sociedade bem organizada aqui: burocratas, comerciantes, políticos (sim, os malditos), advogados, contadores (meus colegas de profissão xD)... militares ... bandidos ( xD ) ... e finalmente os pilotos.
Não é porque uma civilização é avançada em matéria de conhecimento e tecnologia que todos são obrigados a saber de tudo! 

As naves de ecsodus se dividem, basicamente, em três categorias:

1)      Naves de pequeno porte – não possuem sistema para salto no hiper-espaço, tripulação mínima (piloto e co-piloto ou um piloto somente), não possuem capacidade para viagens longas e necessitam ser transportadas por outros veículos (espaciais, terrestres ou aquáticos), não podem fazer “entradas planetárias” (a viagem planeta/espaço ou vice-versa só é feita através de algum transporte), são mais leves e mais ágeis do que qualquer outro tipo de nave. Principal exemplo são os caças.

2)      Naves de médio porte – possuem sistema para salto no hiper-espaço (saltos curtos), possuem capacidade para transporte de pequenas cargas e (ou) uma pequena tripulação, necessitam de um piloto e co-piloto (obrigatoriamente), podem ser transportadas por outros veículos, mas isto não é obrigatório, são ágeis, mas não rápidas, podem fazer “entradas planetárias”. Principal exemplo são pequenos transportadores, algumas pequenas naves de cruzeiro, naves de reconhecimento, pequenos bombardeiros ( os “Besouro” que compõem a frota do cruzador de batalha Leviathan ).

3)      Naves de grande porte – São grandes (muito grandes); em matéria de escala, as naves militares serão sempre as maiores (desde um pequeno destróier até um gigantesco cruzador de batalha), em segundo, na escala, vem os cargueiros e em terceiro, as naves de cruzeiro interplanetário, elas não possuem capacidade para “entradas planetárias” (sua engenharia, mesmo com os sistemas de estabilidade gravitacional, nem prevê este tipo de situação a não ser em caso de emergência! A construção dos gigantes espaciais e feitas em docas espaciais), são capazes de grandes viagens e de permanência longa no espaço (inclusive por décadas), são extremamente pesadas (se comparadas a neves medias), mas ganham em resistência e em capacidade de armazenamento, a tripulação necessária para controlar um monstro deste é numerosa (na ponte de comando o mínimo são sete, contando com os oficiais de comando; tirando o pessoal da engenharia, da ala medica, e por aí vai...). Os exemplas já foram dados certo?


Agora vamos para a parte pratica. Pilotos seguem uma Hierarquia militar (tal como a aviação civil ou a marinha mercante) e possuem treinamento especifico. As únicas exceções à regra provem daqueles que vivem nas estações espaciais (por razões óbvias, correto? O cara vive no espaço... se ele não souber pilotar uma veiculo espacial ele estará morto... não precisava nem comentar isto né? Então eu não comentei).
Voltando; nas naves pequenas, os controles estão todos à disposição do piloto. Casos raros são os que exigem um co-piloto (e até mesmo nestes casos, a nave pode ser controlada por apenas um dos dois).
Em naves de médio porte a coisa já muda de figura; existe o piloto (responsável por controlar a nave, as possíveis armas e todos os mecanismos e sistemas inerentes a vôo, estabilidade) e a figura do co-piloto se faz necessária para supervisionar as questões técnicas da nave (pressão do equipamento, questões sobre energia, combustível, comunicações e detecção de inimigos ou corpos espaciais no caminho).

Um ponto importante aqui é que, tanto nas naves pequenas quanto nas de médio porte, o vôo pode ser feito por intermédio de instrumentos ou de forma visual.

A mudança mais drástica ocorre nas monstruosas naves de grande porte! A engenharia empregada nas grandes naves tem como base principal a diversificação das tarefas e todos os sistemas, TODOS DELES MESMOS, são norteados em dois hemisférios (à esquerda e a direita). Existe uma equipe para efetuar as funções dos equipamentos da esquerda e outra, exatamente igual, para os equipamentos da direita. A coisa pode parecer meio complicada, mas não é! Isto ocorre para prevenirem falhas graves e acidentes catastróficos de modo que, se ocorrer um erro fatal em um sistema, o outro se sobrepõem e impede que o erro ocorrido corrompa todo o sistema de manutenção da sustentação da nave.
A navegação também é outro ponto interessante. Controlar uma nave deste porte e quase como controlar um submarino (ficaram curiosos? Eu me inspirei em um ótimo livro que andei lendo chamada “Caçada ao outubro vermelho”. Este livro é a primeira obra do senhor Tom clancys... sim... ele mesmo... o mesmo Tom Clancys dos games Raimbow six, Ghost Recon e HAWX). Existe uma pessoa para cada função e, no comando no mínimo três oficiais (o comandante da nave, que define as ordens gerais sobre toda a nave, e seus auxiliares, um oficial para o pessoal da esquerda e outro para o pessoal da direita). De modo que aqui teremos, alem dos três oficiais, dois pilotos, dois responsáveis pelos ajustes de comunicações, dois responsáveis pela detecção e sondagem do espaço ao redor, dois responsáveis pelas medições e interpretações das informações técnicas, na ponte de comando, vindas dos comandos de engenharia (as engenharias também tem suas repartições, mas eu vou me fixar somente na ponte de comando, pois caso contrario irei escrever um livro), dois responsáveis pelas armas; enfim um para cada hemisfério da nave.
Outro ponto importante aqui é que a navegação, EM NENHUMA HIPOTESE, é feita de forma “visual”; TUDO É ATRAVÉS DE INSTRUMENTOS! Exatamente! Pensem comigo: naves maiores estão mais sujeitas a receberem uma carga maior de impacto (seja do lixo espacial, corpos celestes, ou ate mesmo de armas nos casos militares). Sendo assim, a ponte de comando não é exposta e NÃO POSSUI JANELAS; Ela fica escondida em algum ponto mais seguro (que varia em cada estrutura, dependendo do design de engenharia).Em naves maiores (nas naves militares e em naves de carga, principalmente) NÃO EXISTEM JANELAS! A tripulação fica confinada em uma couraça extremamente blindada e não tem nenhuma idéia do que está lá fora! Então você me pergunta como eles voam então?
Simples: em um submarino, a locomoção é feita por intermédio de cálculos matemáticos baseados nas cartas náuticas atualizadas e com base num instrumento chamado Sonar (basicamente sua função é jogar um feixe de ondas que, vai , rebate em algum ponto a sua frente e, ao voltar, e capitada e interpretada pelos oficiais e pelos equipamentos específicos), só que no espaço não há nada que sustente a propagação de uma onda (a não ser no chamado Éter; isto é a base para as transmissões de dados no espaço sideral! Qualquer coisa ver no wikipedia gente, se eu começar a falar de mais aqui, já disse, vou fazer um puta livro) então como eles “vêem” o que está ao seu redor?
A reposta e: sensores ópticos! Isso mesmo! “Câmeras de vídeo” xD! Agora eu irei fantasiar ok? As tais câmeras estão fixadas em TODOS os pontos da nave de modo a formar uma imagem geral em 360º. Tais imagens são conseguidas através do rastreamento a Laser. É obvio que existe um raio mínimo para uma interpretação segura das informações e, é neste contexto que as naves de médio porte fazem à diferença! Naves militares se valem de naves de sondagem para fazerem uma varredura alem do raio de visão dos instrumentos principais. Elas enviam as informações para a nave mãe e ampliam a margem de segurança para navegação.
A parte mais complicada nessa historia toda (aí você me pergunta: “puxa, AINDA tem uma parte MAIS complicada”?!) é a execução do salto no hiper-espaço! E uma operação extremamente perigosa porque, por mais que ele consista em “romper uma barreira dimensiona” (para entender mais vide artigo aqui mesmo no blog sobre as viagens espaciais no universo de Ecsodus) o problema não está na “entrada”, ou em percorrer o caminho, mas sim, na “saída”!
Um salto mal calculado pode jogar a nave em uma estrela ou, no pior dos casos, Dentro de um asteróide! Por isto, os OFICIAIS da ponte se valem das cartas dos astros (atualizadas periodicamente conforme as recepções dos dados externos) para planejarem os saltos. Salto espacial é incumbência dos oficiais. Os subordinados só executam! A operação exige uma coordenação PERFEITA DAS EQUIPES DA DIREITA E DA ESQUERDA! Devem ser Alcançados os mesmo níveis de potencia nos dois reatores!(ta explicado aí o porquê do treinamento militar) e um milímetro de erro significa a morte (to exagerando gente, diferenças mínimas o próprio sistema de navegação da nave trata de corrigir... mas estas diferenças “mínimas” dizem respeito a mais ou menos 0,00001. Ou seja, diferença de centímetros!). Em situações extremas (de pane geral dos sistemas computadorizados, ou de avaria grave nos sistemas de navegação)os oficiais TEM DE ESTAR PREPARADOS PARA CALCULAR SUA POSIÇÃO COM BASE NAS CARTAS ASTROLÓGICAS! CALCULAR NA MÃO! DE CABEÇA! LEVANDO EM CONTA POSIÇÃO VARIÁVEL DOS ASTROS, A DEFASAGEM DE TEMPO, A VELOCIDADE DOS CORPOS E A DA PROPRIA NAVE ... agora me digam, quem de vocês ainda sonha em pilotar ou comandar uma nave espacial?

Até a próxima postagem galera!

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